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terça-feira, 20 de setembro de 2011

Tartaruga Urgente

(Após receber um e-mail de Izaura Arêas, resolvi postar esse absurdo.  Fonte: in360.globo.com

 

Tartaruga de 200 Kg é encontrada morta cortada ao meio em São João da Barra

Segundo moradores, ela foi morta por uma das máquinas do Porto do Açu.

Uma tartaruga de cerca de 200 Kg foi encontrada morta em São João da Barra. Moradores enviaram fotos do animal, que estava com o corpo cortado praticamente ao meio. Segundo os moradores, a tartaruga foi morta por uma das máquinas do Porto do Açu. O Ibama esteve no local para fazer a perícia.

Em resposta, a empresa LLX disse que realiza, em parceria com o Projeto Tamar (Centro Brasileiro de Proteção e Pesquisa das Tartarugas Marinhas), um programa de monitoramento da desova de tartarugas marinhas. O monitoramento cumpre uma condicionante ambiental do licenciamento do porto e tem o objetivo de comparar os resultados obtidos antes, durante e após a conclusão da obra.

Na última temporada reprodutiva das tartarugas, que se estendeu de setembro de 2010 a março de 2011, foram registradas 946 desovas na área de influência do Superporto do Açu. Foi a temporada com maior número de desovas registradas na região desde o início do Programa.

Todos os dias, seis monitores, moradores locais treinados pelo TAMAR, percorrem 62 km de praia, entre Atafona e Barra do Furado, registrando qualquer ocorrência relativa às tartarugas marinhas. As ocorrências reprodutivas (como desovas) são georeferenciadas e marcadas com estacas numeradas para identificar sua localização. Nas ocorrências não reprodutivas, são coletados dados como o tamanho, a espécie e sexo das tartarugas. O local da ocorrência também é registrado por meio de GPS.
A tartaruga encontrada morta pelos moradores na praia do Açu / Foto: Projeto Tamar/Divulgação

Postagens sobre o assunto em:

Um Abraço
Roberta Feijó

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

A Vida Imortal de Henrietta Lacks

Por Ana Lucia Santana


Henrietta Lacks nasceu em 1920, numa propriedade de tabaco localizada no interior da Virgínia, e foi então batizada como Loretta Pleasant, membro de uma linhagem familiar de antigos escravos. Ao completar 21 anos ela se mudou com o marido David, primo em primeiro grau, para os arredores de Baltimore.
A Vida Imortal de Henrietta Lacks narra sua trajetória existencial e, acima de tudo sua morte; ela foi vítima de um câncer implacável e seu caso entrou para os anais da medicina, nos quais ela figura como um dos seres mais misteriosos de sua história. Sem querer ela contribuiu para que esta área da Ciência evoluísse velozmente no século XX.
Pobre, de cor negra e praticamente analfabeta, ela jamais poderia imaginar que suas próprias células propiciariam tanto progresso à Medicina. Aos 30 anos, a mãe de cinco filhos recebeu um cruel diagnóstico: um tumor mínimo no colo do útero se disseminou por todo o organismo e sugou suas energias, transformando-a em um ser tão debilitado que, na época, seu prontuário no Hospital Johns Hopkins, onde ela buscou socorro e acabou morrendo, em 1951, a descrevia como um “espécime miserável”.
Nesta instituição, uma equipe médica, sem notificar a paciente, retirou do local afetado uma pequena amostra e a ofereceu ao líder de pesquisas de cultura de tecidos do hospital. Logo o cientista percebeu que as células cancerígenas aí encontradas revelavam um comportamento incomum, nunca antes testemunhado.
Ainda que elas estivessem ausentes do corpo de sua doadora, continuavam a se reproduzir em um curto espaço de tempo, conquistando no ambiente apropriado características de aparente imortalidade. Elas logo foram nomeadas HeLa por invocarem as iniciais do nome da paciente.
Por seu imenso potencial elas foram manipuladas em diversas pesquisas acadêmicas e em núcleos tecnológicos, tanto nos EUA quanto em outros países. Destas investigações científicas emergiram uma riquíssima produção de remédios sintéticos e valores financeiros inimagináveis, hoje vinculados aos mais variados estudos no campo da genética. Tudo foi possível graças à negociação comercial em torno das células de uma mulher pobre que deixou descendentes em nenhum momento beneficiados por este progresso científico.
Sua família nunca foi notificada sobre esta questão e permaneceu ignorante de tudo até ser procurada pelos pesquisadores para estudos mais profundos. Não houve qualquer suporte financeiro ou de ordem moral pelo uso das células de Henrietta. Ironicamente sua autópsia menciona que os tumores espalhados por seu corpo se assemelhavam a pérolas, das quais nenhuma propiciou uma vida melhor aos seus familiares, os quais, muitas vezes, encontraram dificuldades para receber tratamento médico.

Sobre a Autora
Rebecca Skloot, jornalista que escreve para vários veículos de divulgação científica, procura consertar esta injustiça ao resgatar as memórias da mulher singela atingida por um raro câncer cervical, e ao criar uma fundação para a qual é encaminhada uma porcentagem dos lucros obtidos por esta obra.


Fonte:
http://www.infoescola.com/livros/a-vida-imortal-de-henrietta-lacks/

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Matheus, o garoto matador de passarinhos com medo de ir para o inferno

Gente esse vídeo deu no que falar...foram tantas visualizações que o nosso amiguinho vai fazer uma entrevista no programa da Eliane, e depois no fantástico...

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Ecologia e Conservação

Relatório de Trabalho de Campo


Ecossistema Costeiro – Costão Rochoso


Conhecendo o ecossistema costeiro: Costão rochoso.
 
1. Introdução

     Os costões rochosos são ecossistemas costeiros presentes em todo o mundo na região intermediária entre a terra e o mar, tanto na borda continental (Arraial do Cabo e Rio de Janeiro), quanto em ilhas costeiras ou oceânicas. No Brasil, os costões rochosos são formados por afloramentos do escudo cristalino presentes ao longo da costa, do Nordeste ao Sul. As regiões Sudeste e Sul concentram a maioria dos costões rochosos brasileiros, devido à proximidade da Serra do Mar com o litoral, que em alguns pontos, chega a alcançar a água. Os principais costões rochosos da nossa costa estão entre Cabo Frio (RJ) e o Cabo de Santa Marta (SC).
     Os costões rochosos são muito dependentes da variação das condições atmosféricas. Os parâmetros que mais influenciam os costões são a temperatura e o hidrodinamismo (marés e o batimento das ondas). Parte deste ambiente se encontra na região entremarés e fica acima do nível do mar duas vezes ao dia em virtude das marés baixas.


2. Desenvolvimento

Foi observado um costão rochoso na praia dos cavaleiros na região de Macaé - RJ, sob condições atmosféricas favoráveis, mar calmo e temperatura aproximada de 28°C. O costão apresentava fauna e flora abundantes. A grande diversidade de espécies presentes nos costões rochosos fazem com que, neste ambiente, ocorram fortes interações biológicas, como consequência da limitação de substrato ao longo de um gradiente existente entre o hábitat terrestre e o marinho (Biocenose). Diante das limitações desse ambiente (hidrodinamismo, dessecação, luminosidade e salinidade), os organismos desenvolveram adaptações importantes, quais sejam: algumas espécies tiveram que desenvolver um exoesqueleto para melhor proteção e fixação no costão. Diversos tipos de algas encontravam-se presentes.


3. Material básico

3.1. Instrumentos e Materiais de Uso Comum

Bandeja para coleta de amostras, Peneira, Canivete e luvas.

3.2. Materiais Diversos

Faca e microscópio.

4. Organismos e Estruturas Observadas

Esponjas, Algas verdes, Algas Vermelhas, Algas Pardas, Caranguejos, Anêmonas, Poliquetas, Tubos de Poliquetas, Cracas, Mexilões, Ouriço-do-mar. 
(Caranguejo e Ouriço-do-mar)
              
(Algas Verdes)

(Cracas e Mexilhões)
                           
(Tubos de Poliquetas)

5. Organismos Coletados

Ouriço do mar e tubos de poliquetas.

6. Coleta de Material

                Para a coleta dos organismos e posterior dissecação foi utilizada a técnica de catação para o ouriço-do-mar e raspagem para os tubos de poliquetas.

7. Estratificação do Costão

                Os costões rochosos são muito dependentes da variação das condições atmosféricas. Os parâmetros que mais influenciam os costões são a temperatura, hidrodinamismo, luminosidade e a dessecação.
A zonação vertical refere-se à distribuição das diferentes espécies de organismos em faixas horizontais ao longo dos costões rochosos, onde a abundância de cada espécie vai ser maior na faixa em que os parâmetros ambientais são mais propícios à sua estratégia de vida. Com base na zonação, podemos distinguir classicamente o costão rochoso quanto à ocorrência dos organismos marinhos em:

– Supralitoral – Faixa emersa de forma perene. Seu limite superior é onde os respingos de água salgada das ondas não chegam e, por este motivo, cessa a ocorrência dos organismos marinhos. A área dessa faixa
é proporcional à dinâmica das ondas: regiões de intenso batimento e com ondas grandes apresentam um extenso supralitoral. Nessa zona não foi observado nenhuma forma de vida.


– Mediolitoral – Região entre marés, com o limite inferior na baixa-mar de quadratura e o superior variando em função da maré alta associada ao batimento de ondas. Zona com alternância de total imersão e total emersão, tendo sua extensão definida pela amplitude das marés. Apresenta espécies adaptadas a elevado hidrodinamismo, com nítida zonação. Possui a faixa superior com alta diversidade de espécies de algas. A área logo abaixo fica ocupada por invertebrados sésseis filtradores, inicialmente, por cracas, e na parte inferior por mexilhões e carangueijos, na subzona limite, quase chegando ao infralitoral, algumas espécies de anêmonas.

– Infralitoral ou sublitoral – tem o limite superior abaixo da faixa de maré vazante e o inferior no desaparecimento das macroalgas. O tamanho dessa zona é muito variável, dependendo inclusive da transparência da água. Caracteriza-se por apresentar organismos que não suportam condições de exposição ao ar atmosférico, apesar de esse precedente possuir a maior diversidade de espécies entre as zonas do costão, ouriços-do-mar, corais-moles, peixes e diversos outros organismos.

                                                     (costão mostrando de forma clara a estratificação) 
                                                                                                            

8. Análise das Amostras

8.1. Ouriço–do-mar

Seu esqueleto é rígido e sua superfície é dura, formada por placas de calcário denominada teca. O corpo é coberto de espinhos. Existem pequenos pés com ventosas. O orifício anal e o genital estão localizados na parte superior do ouriço-do-mar. A boca se assemelha a uma garra, está localizada na parte inferior e tem algumas lâminas que se assemelham a dentes virados para dentro.




8.1. Tubos de Poliquetas
                Polychaeta é uma classe de anelídeo que inclui cerca de 8.000 espécies de vermes aquáticos. A grande maioria das espécies é típica de ambiente marinho, mas algumas formas ocupam ambientes de água doce ou salobra. O nome deriva do grego poly + chaeta que significa muitas cerdas, numa referência às cerdas que lhes cobrem o corpo. Muitas espécies de poliquetas são coloridas e algumas são mesmo iridescente. As poliquetas distribuem-se na coluna de água desde a zona intertidal até profundidades de 5.000 metros. No conjunto, os poliquetas medem 5 a 10 cm de comprimento em média, mas há espécies com apenas 2 milímetros e outras que atingem 3 metros.
                As poliquetas utilizam seu material excretado juntamente com a areia para construir dutos para sua locomoção e proteção, material esse que serve para fixação de outros organismos, formando uma Biocenose.
                Foi analisado um fragmento deste material e constatou-se que, além das estruturas supracitadas, foram observados diversos outros organismos em seu interior. Na superfície externa foram encontrados indícios de formação de coral.

    (Estrutura formada pelas secreções das poliquetas e areia)
9. Conclusão
            Após intensa observação do ambiente e minunciosa análise das espécies coletadas e visualizadas, observamos uma rica diversidade biológica encontrada no local. Apesar de encontrar-se em área urbana, constatamos que esse ecossistema apresenta-se em boas condições, não tendo sofrido danos consideráveis diante do impacto iminente da proximidade com o homem.

Fontes: CORBINEAU, ANA DUNEY. VARIAÇÃO temporal (1997-2002) das comunidades bentônicas da zona entre - marés de costões rochosos da ilha dos Lobos, baía de Guanabara 2004 73s. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Biologia Marinha)- Instituto de Biologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2004.




Alunos: Alexandre da Costa Nunes dos Santos            
              Roberta Feijo Alves
              Elaine Areias de Oliveira                                  
              Izaura da Silva Arêas Mota                              



















Roberta Feijó                                                   

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Mais sobre o Projeto TAMAR

   Até o início dos anos 80, quando o Projeto Tamar/ICMBio foi criado, os escassos registros disponíveis já sugeriam a existência de um número significativo de desovas de tartarugas marinhas ao longo da costa brasileira, desde o Rio de Janeiro até o Amapá. Segundo relatos de pescadores e alguns historiadores, já nesse tempo identificava-se uma redução drástica dessas populações, possivelmente algo em torno de 60%, segundo estimativas não oficiais da época.
   Há uma explicação simples para o fato: as tartarugas marinhas são altamente migratórias, muitas vezes desovando em um país e se alimentando em outro; têm um ciclo de vida complexo e longo, com maturação sexual tardia, após 25 anos, atingindo a idade adulta somente aos 30 anos. Por essas e muitas outras razões, a recuperação de suas populações é lenta.
   Mais grave ainda é que este ciclo biológico estava interrompido, pois as fêmeas que chegavam à praia para desovar quase sempre eram mortas e seus ovos coletados - e muitos animais eram capturados pela pesca, fato que ainda acontece até hoje.
   Por isso, ao ser criado, a principal missão do Tamar foi restaurar o ciclo interrompido, proteger as desovas, promover a sobrevivência e a recuperação das populações das cinco espécies de tartaruga marinha que ocorrem no Brasil, mantendo-as em níveis saudáveis e capazes de cumprir suas funções ecológicas.

 Bases do TAMAR



RIO DE JANEIRO
Atafona - Bacia de Campos
Caixa Postal 122901, CEP 28200-970, São João da Barra-RJ.
      Situada no litoral norte, abrange 53 quilômetros de praias. A tartaruga cabeçuda (Caretta caretta) é a única a desovar na área. Na temporada de desova 94/95 nasceram nesta base 49 tartarugas albinas.

(Eu e meu filho Fábio em Grussaí-São João da Barra/RJ)

(Fotos feitas pelo repórter fotográfico Antônio Cruz, de uma soltura de tartarugas marinhas feita pelo Projeto Tamar, no Porto do Açu. Fonte:Folha da Manhã Online)
 (Fotos feitas por mim também em Grussaí)




Um Abraço!
Roberta Feijó

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

MMA orienta municípios sobre criação de unidades de conservação.

Brasília - O Ministério do Meio Ambiente (MMA) está distribuindo o Roteiro para Criação de Unidades de Conservação Municipais. Uma tiragem de 2 mil exemplares está sendo encaminhada a prefeituras e organizações não governamentais (ONGs) de todo o país. O roteiro, de 66 páginas, foi elaborado pelos técnicos especializados do Departamento de Áreas Protegidas (DAP) do MMA, João Carlos de Oliveira e José Henrique Barbosa.

De acordo com Barbosa, o objetivo é facilitar o entendimento do tema para os gestores ambientais municipais e demais interessados, além de explicar, de forma simplificada, como criar uma unidade de conservação. O roteiro busca ainda conscientizar os gestores municipais de que unidades de conservação podem evitar ou diminuir acidentes naturais ocasionados por enchentes e desabamentos, além de proporcionar a geração de emprego e renda e a manutenção da qualidade do ar, do solo e dos recursos hídricos.

“A intenção é auxiliar os municípios a dar um importante passo para garantir a proteção de recursos hídricos, paisagísticos e da biodiversidades para as gerações futuras. É um documento que auxilia o desenvolvimento e o ordenamento local”, afirmou.

“Estamos no Ano Internacional das Florestas, e o material foi lançado em uma boa hora. É importante construir uma massa crítica da importância das unidades de conservação e acreditamos em um grande número de visitações no material online", acrescentou. Esse material está disponível para download
no site http://www.mma.gov.br/sitio/index.phpido=publicacao.publicacoesPorSecretaria&idEstrutura=146

De acordo com José Henrique Barbosa, a expectativa é que a sociedade se aproprie dessa informação e auxilie as politicas publicas no caminho de criar mais unidades de conservação. “E, uma vez criadas, é extremamente importante que elas sejam cadastradas, pois só com o cadastro podem receber certos recursos do governo”, concluiu.

Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/meio-ambiente;jsessionid=5BE5C57457ED14033E09FCB54DB7D91F?p_p_id=56&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-1&p_p_col_count=1&_56_groupId=19523&_56_articleId=3175359
Autor(a)/Créditos: Da Agência Brasil
Os direitos autorais desta notícia pertencem ao(s) autor(es) e veículo citados. Ao copia-la, cite a origem.

Um Abraço.
Roberta Feijó

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Para analistas, tragédia no Rio deve ser levada em consideração no debate do novo código florestal

Brasília - A destruição causada pelas fortes chuvas na região serrana do Rio de Janeiro, com mais de 600 mortes contabilizadas até agora, forçosamente será levada em consideração pelos deputados federais no debate sobre o novo Código Florestal Brasileiro, cujo relator é o deputado Aldo Rebelo (PDdoB-SP). Para o professor de engenharia florestal da Universidade de Brasília (UnB), Eleazar Volpato, as flexibilizações propostas no relatório do deputado Aldo Rebelo agravam “de forma absoluta” a situação das ocupações de morros e encostas em toda a região da Mata Atlântica.

Ele destacou que, pelo relatório, as chamadas áreas ocupadas, mesmo que estejam em Áreas de Proteção Permanente (APP) ou reservas legais, poderão continuar sendo usadas por moradores ou para fins de exploração comercial. “O que aconteceu no Rio de Janeiro é de uma irresponsabilidade, eu diria até mesmo um sacrilégio. Praticamente 'liberou geral' naquelas cidades”, disse Volpato sobre as construções em áreas de encostas nas cidades serranas do estado do Rio.

Caso o código seja aprovado pelo Congresso da forma como está, o acadêmico destacou que todas as pessoas atingidas pelas enchentes, mesmo quem perdeu parentes e bens materiais, poderão permanecer nos mesmos locais condenados, pois o projeto os considera “áreas consolidadas”.

Especialista no código florestal, o professor Volpato disse que, diante das agressões ao meio ambiente, “a natureza vai responder, e é o que está acontecendo nesses casos de desmoronamentos e enchentes [decorrentes das fortes chuvas que caem na região serrana do Rio]. Tem que se limitar o uso humano [ocupação irregular da terra] porque o coice da natureza está aí”.

Já o professor de geociências da Universidade de Brasilia, João Willy Rosa, o problema passa também pela legalidade das ocupações. Para ele, é comum, nas cidades, a falta de zoneamento para definir o tipo de ocupação, urbana ou rural, que é possível. Três critérios são fundamentais e devem obrigatoriamente, segundo o professor, ser levados em consideração nessa análise: o clima da região, a inclinação das encostas e os tipos de solo e de rocha.

Willy Rosa ressaltou que, independentemente do clima da região, qualquer vegetação que seja retirada de encostas de morros para exploração agropecuária ou ocupação humana, deixará o solo mais exposto a deslizamentos.

O professor de geociência da UnB criticou a falta de políticas municipais de ocupação de solo e disse que a presidenta Dilma Rousseff tem razão quando afirma que as tragédias de Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo ocorreram porque as pessoas construíram casas as áreas de risco por falta de alternativa.

Ele destacou que programas habitacionais, como o Minha Casa, Minha Vida, precisam de licença das prefeituras na hora da escolha dos terrenos. Willy Rosa disse que, se essa escolha seguiir critérios técnicos, ajuda a minimizar o problema. “Não pode é querer trocar as residências por votos e dizer que não tem problema [construir em áreas de risco]".

Para Andre Lima, ambientalista e consultor jurídico da Fundação SOS Mata Atlântica, a liberação de atividades econômicas em áreas de encosta, prevista na proposta em discussão na Câmara, agravará o problema vivido hoje por muitos municípios brasileiros. “Isso está diretamente ligado a área de risco. Não adianta querer jogar o problema para os prefeitos. Diante das pressões [econômicas e políticas], ele vai se embasar na lei”, afirmou.

As mudanças propostas, segundo André Lima, consolidam o uso e a exploração econômica e também de ocupação urbana de áreas de proteção permanentes. “Existe um total conexão. As áreas de consolidações rurais flexibilizam para a ocupação urbana”, disse ele.

Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/meio-ambiente;jsessionid=8BE3515F4FBCF7FAC411FDA236C076AB?p_p_id=56&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-1&p_p_col_count=1&_56_groupId=19523&_56_articleId=3166600
Autor(a)/Créditos: Marcos Chagas Repórter da Agência Brasil

Os direitos autorais desta notícia pertencem ao(s) autor(es) e veículo citados. Ao copia-la, cite a origem.
Fotos de Bom Jardim - Cidade da Região Serrana do Rio de Janeiro



 (foto tirada da janela da casa do meu irmão)

Quem puder ajudar, procure a Cruz Vermelha da sua cidade

Um Abraço!
Roberta Feijó.

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